quarta-feira, 27 de agosto de 2008

O Limão e a Laranja

Há quem diga - seja por superstição, crença ou apenas pra fazer os outros se sentirem melhor - que toda laranja tem sua metade (Como ou porque a laranja foi dividida, é algo que não nos concerne).
Mas nem sempre é possível achar a tal metade da laranja, as vezes ela pode estar muito longe ou talves - bate na madeira - ela já tenha virado adubo. Então o que fazer? Bom, sempre tem outras frutas por aí, limão, por exemplo.
Eu gosto de limão. Quem não gosta?
Tudo bem, há quem prefira passar a vida toda sendo uma meia-laranja ou então tem aqueles - e eu nem gosto de falar muito nesse caso - que gostam mais de pepino.

Mas, voltando ao que interessa: Limão.
Limão é bom; azedinho ou docinho; na caipirinha, no suco e até junto com o gelo na coca-cola (com Tequila também, para os mais bêbados).
Então porque não ficar com um limão, se é tão mais fácil de achar do que uma laranja?
Nada te impede, mas tem algumas coisas que você vai acabar descobrindo mais cedo ou mais tarde. Ás vezes você acaba se impressionando com o quão doce e lindo um limão pode ser, mas mesmo que ele tenha o mesmo tamanho, formato e cor de uma laranja, ele não vai deixar de ser um limão.
A verdade é que um limão nunca vai ser tão bom quanto uma laranja.
Limão é azedo, Laranja não.
Limão enjoa, Laranja não.

Pode ser até que você confunda o seu limão com uma laranja, afinal, como você vai reconhecer uma laranja se nunca viu uma?
Mas, para o bem ou para o mal, tem uma maneira bem fácil de descobrir se o seu limão é uma laranja. Se pergunte se alguma vez você quis a laranja (ou limão, nesse caso não importa muito) de outra pessoa, se alguma vez você desejou que a sua "laranja" fosse diferente do que ela é, se alguma vez você preferiu que outra laranja ocupasse o lugar da sua. Se alguma das respostas for "sim", então meu amigo, você tem um limão nas mãos (provavelmente um limão e tanto, já que foi difícil perceber que não era uma laranja).

Então você começa a olhar pros lados, procurando por alguém com cara de Laranja, mas vê apenas caras-de-melão, caras-de-jabuticba ou, na melhor das hipóteses, caras de limão. Você começa a se questionar se a outra metade da sua laranja existe, se você algum dia vai encontrá-la. E se você arranjasse um limão, só por enquanto, até encontrar sua laranja?
Não faria mal algum, faria?
Ou você não conseguiria viver sabendo que iriá chegar um dia em que você terá que espremer esse limão pra dar lugar à laranja?
A verdade é que, não importa quão doce o suco do limão, ele não vai matar a sua sede por suco de laranja.

Você pode dizer que nunca vai provar suco de laranja, pra não ter esse problema, afinal você já cansou de ver pessoas em maus lençóis por causa dessa história de laranja.
Mas não tem como.
Não que isso seja uma coisa ruim, muito pelo contrário.
É claro que, eventualmente, laranja pode te dar dor de barriga. Você pode acabar ficando algum tempo (ás vezes muito tempo) sem a mínima vontade de sequer ver uma laranja na sua frente. Mas você sabe (e se ainda não sabe, vai descobrir) que um dia isso passa, e então você vai se ver, novamente, saboreando o inigualável suco da laranja.

domingo, 10 de agosto de 2008

O Ser Humano Perfeito

Que tal se você pudesse programar o ceu cérebro como você bem entendesse?
Passar a gosta de matemática, pra não ter mais problemas na escola/universidade;
Não gostar mais de peixe, pra não precisar ficar tirando as espinhas antes de comer;
Não pensar mais em coisas tristes, pra estar sempre feliz;
Passar a gostar de calor, pra não reclamar mais do clima do seu país/cidade;
Não gostar mais de menininhas com roupa listrada, pra.... bom, já deu pra entender.

Isso poderia acabar salvando a sua pele eventualmente. Por exemplo, imagine que você, seja lá como for, acabou perdido numa ilha deserta.
Você pode passar a gostar de peixe crú, frutos tropicais e cocos - mas não folhas, afinal estamos falando em reprogramar o cérebro, não o etômago - , facilitando assim a sua sobrevivência.

Melhor ainda, que tal parar de se importar com as outras pessoas? Parar de se importar com os sentimentos delas e com o que elas vão pensar a seu respeito.
Não ia ser ótimo? Afinal, todo mundo se importa com o que os outros pensam.
Claro que sempre aparece aquele cara descolado ou aquela menina "revoltada" pra dizer "Eu não to nem aí pro que os outros pensam".
Bullshit.
Você pode até não se importar com uma coisa ou outra, mas alguma coisa importa, certamente. Se não fosse assim, você não compraria mais roupas novas, por exemplo.

Você poderia, também, parar de se importar com todos os problemas, os seus e os do mundo.
Chega de fome, guerra, desgraça, prova de biologia, traição, pobreza, pagode, doom metal, domingão do Faustão e tudo mais que te desagrade.
No final das contas, iríamos virar um ser perfeito, sem problemas, sem falhas, feliz.
Ou não.
Um dia um amigo me falou que achava que se todos fôssemos robôs, corretamente programados para fazer a coisa certa, o mundo seria melhor, porque não teria fome, crime e tudo o mais de ruim.
Tá, o mundo seria um lugar melhor, mas pra quem? Pra nós é que não.
Afinal, a vida não teria graça assim. As coisas ruins são justamente pra isso, pra mostrar o contraste e diferenciar o que é ruim do que não é.
Jhonnie Walker não seria um bom whisky se fosse o único, seria apenas whisky.

Agora é quela hora que o autor do texto diz que o ser humano é uma criação perfeita e tudo mais..... NOT!

O ser humano só não tem mais defeitos graças aos polegares opositores e a baixa incidência de pêlos no corpo (essa segunda não é válida para 100% dos casos), nunca vai ser perfeito, e isso é que deixa a vida divertida.
Então não tente esquecer os seus problemas, não tente ser o que você não é, porque você não vai conseguir. Tende lidar com as coisas como elas são, e se não conseguir, engula tudo e se tranque no seu mundinho ou se mate, senão é capaz de, daqui a alguns anos, estamparem a sua cara feia em camisetas vermelhas e venderem por aí.

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Cinco razões para você (não) cometer suicídio

Se você se interessou por esse título, das duas uma:
a) Você, assim como eu, despreza auto-ajuda e acha que ela não serve para nada a não ser dar risada.
b) Você tem problemas. Sinceramente, se a idéia de se matar já passou pela sua cabeça em termos sérios - influências de Nirvana e afins não estão inclusas - então tem alguma coisa errada com você.

Então você pode me chamar de "Constatador do Óbvio" e dizer: "Claro, se eu quero me matar é justamente porque tem algo errado comigo". Mas não é bem assim.
O objetivo disso aqui não é dissuadir ninguém do suicídio, então se era por isso que você estava lendo, pode parar por aqui e ir cortar os pulsos em paz.

Nada contra quem comete suicídio, acho muito justo que uma pessoa se sinta no direito de acabar com o próprio sofrimento, afinal se tudo ao seu redor da errado e ninguém se importa com você, de que vale continuar vivendo?
O meu problema é com as pessoas que não cometem suicídio.

Pense um pouco: quantas vezes você já ouviu alguém dizendo que vai se matar? Essas pessoas adoram fazer drama, posar de sofredores, injustiçados, maltratados ou algo que o valha. Chega a ser uma espécie de egoísmo - ou mesmo ignorância - da parte delas achar que todo o resto do mundo é feliz enquanto elas sofrem.
Quem é que nunca sofreu uma grande decepção?
Quem é que nunca teve o coração partido?
Quem é que nunca perdeu algo importante?
Se todo mundo fosse se matar por coisas desse "naipe" a raça humana entraria em extinção num piscar de olhos.

Mas tudo bem, a grande maioria das pessoas nunca chega a se matar, justamente porque bem lá no fundo elas sabem que querem continuar vivendo e que só estão fazendo uma "ceninha" pra ver se alguém se compadece. Elas sabem que estão se enganando.
Aparentemente isso é o que mais se nota nos seres humanos em geral: eles estão sempre se enganando com alguma coisa.

As pessoas pessimistas, por exemplo. Me enraivece essa mania de "ser" pessimista. Vem o fulano e me diz que prefere ser pessimista, já assumindo de antemão que o pior vai acontecer. Assim, se de fato acontecer, ele não vai ser surpreendido, e se não acontecer, ele sai no lucro.
Me desculpe, mas não é bem assim que funciona.
Primeiro, se você realmente assumir o pior, vai sofrer por antecipação, e isso ao meu ver não é lucro nenhum.
Segundo, se você está pensando desse jeito, provavelmente não esteja sendo realmente pessimista.

Mais um exemplo, pra explicar essa segunda hipótese, todo mundo já deve ter ouvido essa, o cara chega e diz: "Prefiro pensar que tirei uma nota baixa na prova, daí se eu for mal mesmo, eu já sabia, e não vou ficar triste. Se eu ficar pensando que fui bem é capaz de ter ido mal e me ferrar depois".
Sinceramente, isso não é pessimismo, é no máximo "Otimismo Enrustido" ou "Pseudo-pessimismo". No fundo você está pensando algo do tipo: "Acho que tirei um 7, mas prefiro pensar q tirei um 3, daí eu fico feliz até se tirar um 5, que foi o que eu provavelmente tirei."
Claramente é uma forma de você tentar fugir da realidade, você enterra o que realmente sente e molda essa nova opinião mais "lucrativa". Mal sabe a maioria das pessoas que se cavarem só um pouquinho mais vão achar o otimismo que sempre esteve ali.

É natural do ser humano ser esperançoso, e ninguém vai te crucificar por causa disso.
Também é natural do ser humano ter medo da verdade e de expor os seus sentimentos, mas vai de cada um pensar a respeito e ponderar o que vale mais a pena.

E é aí que mora o problema, porque a maioria das pessoas nunca para pra pensar nessas coisas, ou quando para já é tarde demais, então elas passam o resto da vida sofrendo por antecipação, choramingando e fazendo cicatrizes nos pulsos.

sábado, 12 de julho de 2008

O problema das pessoas é que elas se acomodam.
Não to falando só daquele cara que, depois de ir duas vezes na tua casa, já ta abrindo a geladeira e tomando a tua cerveja ou do cara que já vai enfiando a mão no teu pacote de salgadinho antes de você oferecer, as pessoas se acomodam de muitas outras maneiras, algumas bem mais graves que essas.

Por exemplo, vamos imaginar que você ache uma coisa que te deixa feliz. Conforme o tempo passa você vai gostando cada vez mais dessa coisa, até que chega um ponto em que você não consegue mais imaginar a sua vida sem ela. Então é isso: o céu fica mais azul, as flores mais bonitas e você está muito feliz.

Aí que vem o problema: você se acomoda com essa felicidade. Depois de um tempo, o que antes era novidade passa a ser rotina. Soa patético, não? Como diabos alguém se "acomoda" com a felicidade a tal ponto? De qualquer modo, o fato é que acontece.

Então você, achando que não está mais feliz, decide se livrar da coisa.
Você ainda pensa algumas vezes antes de fazer isso, afinal você ainda gosta muito dessa coisa.
Mas, no final, você se livra dela.
O fardo que pesava nos seus ombros some, tudo está bem novamente.
Faz sentido, não? Se você acha que algo atrapalha a sua felicidade, nada mais justo do que se livrar dela e, quem sabe, arranjar uma nova. Faria ainda mais sentido se o ser humano nunca se enganasse, se ele estivesse sempre ciente dos seus sentimentos.

Novamente o tempo passa - as vezes menos tempo do que você imagina - e você começa a se questionar se fez a coisa certa, até chegar a derradeira resposta: você cometeu um erro.
Mas, como assim? Se aquilo não estava te fazendo feliz, por que foi um erro?
Aí que você percebe que estava, sim, feliz. Agora que você está triste o contraste parece tão óbvio que você não acredita que não percebeu antes.
Você se amaldiçoa, se arrepende, se odeia.
Você está tão afundado na própria miséria que não consegue ver nada com clareza.
E agora, o que fazer?

Será que... não.
Mas... não.
E se... você conseguisse essa pess... coisa de volta?
Mas como?
Falta coragem.
Coragem pra superar o orgulho e voltar atrás.
Será que você não consegue mesmo se acostumar sem essa coisa?
Você está disposto a se acomodar com essa situação?
Talvez você deva pensar mais no assunto.
Mas, e se nesse meio tempo outra pessoa achar a sua coisa? O que você faria?
Não há muitas opções, infelizmente:
a) Você pode tentar encontrar outra coisa que te faça tão feliz quanto a sua, embora isso pareça impossível.
b) Você pode deixar o tempo passar, se acomodar com a situação e torcer pra encontrar a sua coisa novamente no futuro.
c) Você pega a sua coisa de volta. Afinal, você sabe que ela vai sempre ser sua.

De um jeito ou de outro, erros foram cometidos e marcas permanecerão.
Basta apenas decidir se vale a pena se acomodar, ou não.

(Se você estava lendo este texto esperando por uma resposta no final, bom, me desculpe. Lhe concedo o direito de odiar o texto, o respectivo autor e o blog em questão. Mas, se o fizer, odeio também "O Código Da Vinci", do Dan Brown, porque é exatamente isso que ele faz no livro.)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sessão da Tarde - Parte I

Odeio macacos.
Símios em geral, todos merecem morte lenta e dolorosa. Pensando bem, é melhor que tenham uma morte instantânea (ainda assim dolorosa) para que sumam de uma vez da face da terra.
Me enoja ver um chimpanzé revirando os lábios e mostrando aquele sorriso asqueroso, bem como a cara preta e feia de um gorila ou mesmo o pêlo que cobre o corpo dessas miseráveis criaturas (exceto a bunda, em alguns casos).
Agora, um coelho pra quem responder essa: O que é pior do que ver um símio no zoológico?

Tá bom, tem várias respostas, como "Saber (ou achar) que descendemos deles", mas acertou quem disse/escreveu/pensou "ver um macaco num filme". E que lugar melhor pra isso do que a sessão da tarde?
Merece um tiro o infeliz que teve a idéia de colocar macacos em filmes, porque ele certamente deixou mais miserável a vida de muitas pessoas.
Mas isso não acontece apenas com os símios, existem outras criaturas que compartilham o meu repúdio e que são motivos para filmes horríveis. Portanto, resolvi dividir o assunto em três posts, aqui vamos nós então para o primeiro colocado na categoria "Tipo de Filme Escroto": Filmes de Macacos.

Congo - (1995)
















Basicamente é sobre um bando de macacos cinzentos que conseguem se esquivar de tiros de metralhadoras automáticas, enganar sistemas de segurança e alarme avançados, arrancar o coração de alguém com as mãos/patas e ser mais inteligentes do que os cientistas que invadiram o território.
Como se isso não bastasse para estragar uma história, ainda há outros elementos brilhantes, tais como um macaco (macacA, na verdade) que é amiga dos cientistas e consegue falar com a ajuda de um aparelho bizarro. No final das contas os cientistas acham uma mina de diamantes dentro de um vulcão, usam os diamantes como "combustível" da poderosa arma laser e fazem picadinhos de muitos macacos cinzentos; Fogem do vulcão (a esta altura em erupção), deixando que o núcleo malvado dos cientistas vire saco-de-pancada-de-macaco-cinza e usam o diamante gigante (que era o real motivo da exploração àquela floresta africana), combinado com a arma, para salvarem suas peles (não me lembro exatamente como, acho que eles destroem um satélite ou mandam um sinal, whatever, sucks anyway).


King Kong - (1976)


















O que é pior do que um macaco?
Certo, cem macacos. Ou um macaco cem vezes maior.
Acho que essa é única versão do filme que eu vi (ainda não tive coragem de ver o novo), e faz um bom tempo, então não me lembro dos detalhes, mas apesar de ser uma grande bilheteria acho horrorosa a idéia de um macaco gigante vandalizando New York, levando chumbo do exército e, pior de tudo, "se apaixonando" por uma mulher.
Se não me engano tinha uns índios toscos no começo também, da Ilha que nasceu o king Kong ou algo que o valha.
Bom, pelo menos a mulher era bonitinha.


Mighty Joe Young - (1998)



















Tá, esse eu não vi inteiro, confesso, só os 10 minutos iniciais ou algo que o valha, mas um filme sobre um gorila cujo nome é Joe, que tem como amiga a Charlize Theron e acaba "fazendo muitas loucuras" solto em Los Angeles não pode ser bom.


Planet of The Apes - (1968)























Eis o campeão.
Acho que, depois dessa imagem, nem preciso falar muito, porque ela ultrapassa quaisquer limites que pudessem existir no que concerne à Filmes de Macacos.
Nunca cheguei a assistir esse filme (ainda bem!), apenas sua versão de 2001, que não é dos piores (exceto pelos macacos).

Por hoje é só, espero desta vez não ter destruído os sonhos de ninguém (e se tiver, que pena, mas você mereceu, afinal tem a ver com símios).
Tenham uma Boa Noite! (O que é meio difícil, depois dessa última imagem)

Ciao!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Buenas e me espalho, nos pequenos dou de prancha e nos grandes dou de talho.

O Capitão Rodrigo Cambará não tem nada a ver com o assunto do tópico, mas quem me conhece sabe que eu (bem como o meu parceiro de blog, aqui conhecido como Zakk Wylde) sempre gostei dessa citação e vou continuar usando ela até morrer, quem sabe eu até coloque na minha lápide: "Aqui jaz Robson Alexandre Siebel, nos pequenos deu de prancha e nos grandes deu de talho". Isso ou então um falso feito heróico do tipo "Morreu salvando sua família de um incêndio" ou "Morto ao defrontar um urso feroz em prol da segurança alheia".

Agora ao que realmente importa.
Eu tinha pensado em achar 10 comunidades escrotas e fazer algo tipo um teste "Descubra se você é um P.I.M.B.A", mas no final das contas resolvi só achar umas comunidades escrotas e comentar sobre elas, pq ficar catando comunidade dá muito serviço =P

Aqui vai então, a primeira: "Laranjas Idiossincráticas"
"Ah, que tal fazer uma comunidade com a descrição cheia de palavras difíceis, fazendo analogias sem sentido e mostrando como somos a elite cultural (do orkut)?"
Eu tenho nojo de pessoas assim porque elas falam demais e não dizem nada, ficam dando voltas, repetindo a mesma frase com palavras diferentes até que você acredite nelas (seja por entender ou não o que o cara acabou de falar) ou até que você as mande pra puta que o pariu.
Uma vez eu tive um professor que era assim (coincidência ou não, ele era político também. Fracassado, mas era, e talvez ainda seja). Sempre odiei aquele cara. Eis que um dia ele diz no meio da aula (vamos chamá-lo de Prof. Girafales para não revelar sua real identidade) :

Prof. Girafales: "...eu vejo que vivemos num mundo muito unido, um mundo onde as pessoas se ajudam."
Eu: "Professor, me desculpe, mas eu acho que é o contrário, a gente vive num mundo totalmente individualista."
Eis que ele olha pra mim e concorda com a cabeça.
Prof. Girafales: "Sim sim, foi o que eu falei."
Então eu fico com aquela cara de "What the fuck?!"

E não foi só isso, ele acabou nos presenteando com inúmeras pérolas com o passar dos bimestres, das quais uma das mais memoráveis para mim é: "Pessoal, eu só disse..." pequena pausa pra pensar"o que eu falei..."
E o cara ainda diz pra mim descer do pedestal ¬¬

A segunda: "Eu tenho camisa do Che Guevara"
E daí??
Já não basta ver bandos de pessoas pelas ruas usando isso, ainda tem um infeliz que cria uma comunidade pra dizer que usa a maldita camiseta.
Não sei se da pra ler direito por causa do tamanho (clique nela pra ampliar), mas em todo caso a descrição começa assim: "Eu creio que a primeira coisa que deve caracterizar um jovem comunista é a honra que se sente por ser jovem comunista."
Eu discordo, acho que o que caracteriza é a cara do Che num fundo vermelho, seja camiseta, adesivo, chaveiro, bandeira ou tatuado na testa.
Aquela velha história de "Quer aparecer? Pinta a bunda de vermelho e sobre num poste." poderia ser alterada levemente para se enquadrar nesse contexto: "Quer ser comunista? Pinta a bunda de vermelho, desenhe a cara do Che nela e suba num poste."

A Terceira: "Falsos Valores Americanos"
Tudo bem, eu também não gosto do Bush e das atitudes dele, mas a partir do momento que começa a virar moda xingar filhos do tiu sam, perde a graça. E o divertido é que é basicamente o mesmo povo que fica por aí apoiando a guerrilha, o socialismo e a sociedade alternativa que desce o pau nos estados unidos. É uma mania absurda de ficar xingando o melhor, o mais poderoso, o mais famoso; não só no que se refere a política, nos esportes isso acontece o tempo todo. Não sou muito fã de futebol, mas já que sou brasileiro vou usar como exemplo: O São Paulo Futebol Clube, atual campeão brasileiro (e há pouco tempo campeão mundial) se tornou, teoricamente, o melhor time brasileiro da atualidade, fazendo assim com que os torcedores dos outros clubes começassem a xingá-lo, bem como seus jogadores, com coisas ridículas como "Time de bixas".
Por favor, não comentem dizendo "Ah, mas tal jogador do SP é gay mesmo", porque não interessa. Nem que sejam todos gays mesmo, isso não tira o mérito do time ser o melhor.
Sempre vai ter uma nação se sobrepondo às outras, desde o início dos tempos é assim e não vai mudar. E não me venham com essa de que "se todo mundo fosse comunista, isso não ia acontecer". Isso não existe, se Napoleão tivesse ganho a guerra as coisas também seriam diferentes, mas isso nunca poderia ter acontecido, afinal ele era Francês, e todo mundo sabe que Francês não ganha nem guerra civil.

A quarta: "HAHAHA!"
Nah, essa é só estúpida mesmo, próxima!

A quinta: "Constantemente Inconstante!"
O legal do orkut é que ninguém é ele mesmo, todo mundo tem um alter ego e gosta de ficar posando de alguma coisa, seja revolucionário, emo, gostosa, intelectual, descolado, francês, etc; também conhecidos como "pseudos".
A maioria das pessoas gosta de salientar que "não é normal", que faz "coisas muito loucas" e "vive a vida adoidado". Eu aposto um coelho que a grande maioria das pessoas que está nessa comunidade vive uma rotina diária entediante e passa o fim de semana inteiro na internet e na frente da tv.

A sexta: "Eu apoio a Guerrilha!"
Sim, eu realmente odeio essa história de revolucionários e seguidores do Che. Se você gosta, não perca o tempo reclamando aqui, vista sua camiseta do Che, pegue a sua arma e saia na rua libertando as pessoas desse mundo infestado com porcos capitalistas.
O legal dessa comunidade é que ela critica a democracia como sistema de governo, mas não sugere outra coisa, apenas apóia (sem acento, mesmo no nome da comunidade, mas vou dar um desconto porque isso aqui é internet e nem eu escrevo direitinho) a guerra, a revolução, a luta popular, etc. Eles devem achar muito divertida essa idéia de sair por aí guerreando e libertando as pessoas, melhorando o mundo e tudo mais, sendo heróis. Mas eu aposto um coelho (denovo!) que se qualquer um desses pseudo-revolucionários tivesse a chance de pegar numa arma pra fazer a metade do que diz que é certo, pra matar um cachorro perneta que seja, não iria fazer. E eu vos asseguro, eu ganharia este coelho.

Bom, por hoje é isso, espero que este primeiro post honre os objetivos do Eggs Files e faça pelo menos alguém rir. Em breve meu companheiro virá com outro post para alegrar vossas vidas, ou pelo menos assim espero.
Mas antes, uma homenagem ao grande Che:

Eu tinha visto uma camiseta com estampa parecida, só que era vermelha, mas não achei mais, então estou postando essa mesmo^^
E, pra não dizerem que o nome do blog é em vão:


Ciao!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Algumas coisas que vocês devem saber sobre este blog antes de começarmos com os verdadeiros posts...

O objetivo desse blog não é escrever confissões, conflitos pessoais, reclamações. Não postaremos coisas bonitinhas aqui, nada de poemas, nada de devaneios desconexos de mentes pseudo - intelectuais. Aqui não escreveremos nada para fazer você se sentir bem, se sentir em casa e não nos preocuparemos com o que você pensará sobre nossos textos.
"The Eggs Files" foi criado com um único propósito: diversão. Não para vocês, é claro, mas para nós, sobreviventes do falecido "I Hate CPM22". A lógica continuará a mesma, prezaremos acima de tudo a imparcialidade, sua palavra aqui não vale nada, e, mesmo que valesse, estariamos cagando e andando pra ela e a única coisa que ela poderá render são risadas.

Esperamos ter aparado todas as arestas do quesito dúvida!
Atenciosamente, a equipe.