quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Eu me agarro no que resta, talvez com força demais, mas acho que sou assim mesmo, sem noção de força, sempre usando mais ou menos do que o necessário, mas é um hábito difícil de se perder.
Ás vezes eu queria soltar e deixar de me preocupar, porque parece a coisa certa, mas quando está quase escapando, eu agarro de novo e puxo pra perto, porque não quero que fique longe.

As mãos tremem ao sentimento. Sim, AQUELE sentimento, o mais ancestral de todos.
Medo.
Mas não é preciso temer, não isto, dentre todas as coisas, ou melhor, dentre todos os sentimentos o mais seguro.
Estou convencido, agora, antes, ontem, 2 meses atrás; quase sempre.
Então por quê ele não vai embora? por quê ele sempre volta?
Não quero mais esse incômodo, quero pegar uma cruz e apontar na cara dele: VÁ DE RETRO SATANÁS! Nunca mais apareça aqui, obrigado.

As mãos tremem tanto que eu não conseguiria segurar uma cruz. Parece que engoli uma estaca de gelo que se demora a derreter no meu estômago e que minha cabeça é uma panela de pressão.
Eu encosto a testa na parede gelada, buscando equilibrio; nada.
Equilibrio subitamente parece uma palavra muito importante.
Falta equilibrio nas minhas palavras, é tudo um grande erro, elas não deveriam estar aqui, eu escrevi errado, eu pensei errado, eu agi errado.

Tudo porque não consigo NÃO agir, não tentar agir, não me agarrar em qualquer coisa que seja.
Me agarro num pedaço de pano e espero a estaca de gelo derreter e o vapor parar de sair da cabeça, espero pela única coisa que pode me ajudar. Espero não estar errado mais uma vez.
E enquanto a ajuda não vem, somos só nós dois, eu e um pé de meia velho.

Um comentário:

  1. joga esse teu medo do 10o andar, não há medo que resista há essa altura. e depois cola aqui em mim que vai ficar tudo bem! :)

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